sexta-feira, 5 de março de 2010

Sem luz!

A noite costuma fazer isso, cegar as pessoas.
A cada cair do sol, parece que são fechadas as cortinas dos olhos de muitos. Muitos que seguram seus medos, suas agonias, suas frustrações, acabam soltando isso nas noites onde a cegueira geral esconde a vergonha própria e alheia. Na luz baixa, todos se transformam em um e um se mistura a todos. E no outro dia? Tudo volta ao normal, como se nada do momento irracional da escuridão tivesse acontecido. Mas isso só de fachada porque, por trás das cortinas fica sempre a bagunça causada pela inconsequência de quem não teve medo de soltar seus fantasmas para o mundo.
Porque to falando isso? Não sei, talvez por estar em casa, olhando pro céu limpo, sem nuvens entre onde estou hoje e o lugar onde acredito que estarei no fim dos meus dias. Onde todos vamos nos encontrar, um dia. Até lá, o bom é aproveitar aqui embaixo, inconsequentemente ou não, mas da forma que mais nos agrada, sempre sabendo que o peso que carregamos nos ombros é colocado por nós mesmos.
Sei lá, to estranho hoje.
É lua cheia ou eu to naturalmente maluco?

E 2010, hein?

Dois meses e alguns dias se passaram e, em meio às teias de aranhas, chego eu, de novo, aqui nesse glorioso blog do cidadão que vos escreve.
Na minha última postagem, desejei um 2010 melhor que 2009. E vou te contar, não precisava nem ser tão melhor assim. Meu Deus, que ano é esse, hein? Como minha vida mudou, como as coisas mudaram, quanta felicidade explodindo na minha frente.
A verdade é que, de alguma forma, as energias de 2010 estão me dando muita força. Janeiro foi um bom mês, de muita diversão, com Pablo, um dos primos italianos, que veio pra cá, junto com minha tia e meu tio. Quase não paramos em casa, sempre eu, ele e Larissa ou Ivânia, dependendo do dia. Aí ele foi embora. Ano que vem tem mais!
Aí veio fevereiro. Carnaval! Opa, como assim, Carnaval? Lula? Carnaval? Pois é! Minha estreia no Carnaval da minha terra foi incrivelmente mediováigel.
Entre prévias, ladeiras e quanta-ladeira e Recife Antigo, do maldito Rebolation ao ensurdecedor show de Nação Zumbi, passando pelo finzinho do show de Otto (pena que não vi esse inteiro), foi o fevereiro mais louco da minha vida. Muito bom passar esses dias ao lado das Larissas e de Thaísa. Andamos, andamos e andamos, enfrentamos muito preconceito, conceito e pós-conceito, fizemos um 21 e mandamos, com toda educação que nossas mães nos deram, muita gente "pra porra" (é, isso só a gente entende). Depois, a chegada de Diego, irmão de Pablo, e mais festa. Ter a família perto é sempre bom. Agora estou aqui, pronto pra continuar essa nova fase, pronto pra viver novas experiências (sem piadinhas relacionadas a pederastia, por favor!). Hoje eu posso garantir: o Lula dos textos passados já era. Hoje eu voltei a ser eu, daqui pra frente vai ser assim.
E agora o blog vai mudar um pouco. Tentarei fazer menos textos em primeira pessoa, e começar a escrever de um jeito que pouca gente me vê fazendo, textos não relacionados a minha vida. Ou relacionados à minha vida, mas não exatamente ela, ou sei lá, alguma coisa dessas aí.
A música de hoje?