quinta-feira, 23 de abril de 2009

26 Vezes Cabra Safado

Hoje o assunto é o Senhor Jayme Pires D´Azevedo Neto, mais famoso como Miminho, ou "caba safado", seguido da cara feia de mainha, ou meu irmão, pra quem não conhece ele. Bom, hoje ele faz 26 anos. Tá ficando velho e careca. Infelizmente esse é o primeiro aniversário que não posso dar um beijo de parabéns no meu irmão, mas é assim mesmo, coisas da vida. Pelo menos ele tá na Bahia dançando axé, balançando a bunda e ficando rico pra me sustentar daqui a alguns anos. Mas a verdade é que Miminho faz falta aqui em casa, gritando e falando palavrão, com a incontrolável Síndrome de Tourette dele. Sempre fomos muito unidos, mesmo quando ele brigava comigo e eu chorava ou tentava bater nele, me deitando no chão e dando chutes pra não deixar ele se aproximar. Coisa normal de irmão mais novo. E ele sempre batia devagar, porque se batesse forte eu talvez não estivesse aqui escrevendo isso, porque, provavelmente, estaria com sérios problemas nos ossos. Mas esse ano eu, pela primeira vez, enxerguei Miminho como meu irmão adulto mais velho. Um adulto irmão de um adulto. Nos meus dias de maior desespero, eu deitado, chorando, e ele veio conversar comigo. Fiquei impressionado, porque foi a primeira vez que a gente conversou como dois homens e não como dois meninos. Coisas que a vida traz pra a gente. E agora aí tá ele, um véio cabra safado, de 26 anos, mas ainda é meu irmão que me protege, exatamente como sempre foi, desde criança. Sim, eu amo meu irmão.

Agora pra ele: Caba safado, se tu ler isso. Beijo pra tu e Parabéns.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Uma imagem vale mais que... vale porcaria nenhuma, rapaz!

Dia desses eu pensei sobre isso. Uma imagem vale mais que mil palavras? Coisa nenhuma. Nada bate mais na cara do que uma palavra bem dita no momento certo. E imagens? Imagens não são nada sem interpretação, sem o significado que as palavras dão a elas. Já palavras não. Palavras são diretas, dizem o que tem que dizer, sem precisar de outra coisa pra explicar. Por isso que eu dou tanto valor ao dito, ao escrito, mais do que ao ilustrado. Isso que torna a gente, humano, mais, digamos, evoluídos que os outros animais. Nós falamos, enquanto os outros só mostram. Sei lá, faltou palavra nisso aqui, mas acho que deu pra explicar. Deu pra explicar melhor do que daria se eu desenhasse algo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Nossa vida é uma gaveta


Engraçado, como o título diz, gavetas contam quem somos nós. Mas não uma gaveta comum. Sabe aquelas gavetas que você vai guardando tudo que, pra você, não tem muito valor, no momento que você coloca as coisas lá? Pois é, nessas gavetas, por incrível que pareça, estão nossas vidas. E uma hora a gente tem que mexer nelas. E é uma baita mistura de emoções, quando você vai tirando coisa por coisa. Lembranças de gente que antes fazia parte da sua vida, que simplesmente você nem lembra mais que existe. Gente que você nem considerava muito e hoje é alguém que está muito do seu lado. Lembrança de quem você era e de quem você é hoje. De coisas que você considerava importantes e hoje não fazem a mínima diferença na sua vida. Cartas que antes te fariam sorrir, hoje te deixam angustiado. Palavras num papel que poderiam te fazer chorar e hoje não te provocam emoção alguma. É isso. Nossa vida não é um baú nem um livro aberto. Nossa vida é uma gaveta. Resta a gente abrir essa gaveta que toda nossa história está lá. E enquanto a gaveta tiver espaço, eu vou colocando mais história lá dentro, porque, assim como minha vida, a gaveta ainda tem muito espaço pra coisas novas. Ou coisas antigas que voltem a ser novas, sei lá. E a cada abertura de gaveta, espero encontrar algo que me faça lembrar do que passei, pois isso sou eu por completo.