sexta-feira, 20 de março de 2009

Emoção na ponta dos dedos!

Hoje me disseram que, apesar do teor pra baixo de alguns textos meus aqui, eles são interessantes porque mostram que eu escrevo com a alma, o coração.
E eu respondo: Não!
Não é com o coração, porque quem escreve com o coração tem boas chances de ter um ataque cardíaco. Não é com a alma porque eu não sou Chico Xavier, e ele escrevia com a alma dos outros.
Eu escrevo com minha emoção. E como disse minha querida amiga sincera Manu, que ninguém precisa saber o sobrenome, escrevo com as mãos.
E minhas mãos nada mais são do que instrumentos de minhas emoções, nesses momentos. Aliás, em muitos elas tem sido. São as primeiras a tremer quando algo não vai bem.

Emoção na ponta dos dedos!
É nome de filme, né?

O tempo não corre, voa!

Essa semana voou como fazia tempo que não via uma semana passar tão rápido. Percebi isso hoje, que já é sexta-feira. Vi que o tempo passa rápido demais enquanto eu fico parado. Preciso seguir a linha do tempo, e não deixar ela passar enquanto fico sentado, deixando ela me vencer. Acho que já me dei muito tempo pra só sofrer e chorar por algo que definitivamente não depende só de mim. Não adianta mais me enganar, achando que a minha forma de encarar minha queda vai me ajudar em algo. Não vai. Não depende de mim, somente, minha vida recomeçar do ponto que parou. Então, se não dá pra recomeçar do mesmo lugar, o melhor a fazer é deixar esse lugar lá, intacto, não mexer mais nele, pelo menos por enquanto, porque ele não quer ser mexido. Chegou a hora de recomeçar, antes que a linha do tempo acabe e eu só possa dizer que vi que ela passou.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Reencontro com um velho amigo

Hoje encontrei um velho amigo meu. Na verdade, amigo do meu pai, que com a convivência se tornou amigo meu também, o Seu Eládio. Não via Seu Eládio desde o dia 30 de novembro de 2008. Foi bom encontrar ele, ainda mais porque meu pai tava junto. Logo que cheguei, muitas lembranças vieram na minha cabeça.

- Quanto tempo, Seu Eládio.

Me acomodei, e comecei a conversar com esse sábio amigo.

- Seu Eládio, como são as coisas, né? Em 20 anos que conheço o Senhor, passamos por muitas coisas juntos, né? Muitas alegrias, tristezas.

Engoli o choro que vinha chegando.

E ele me respondia:

- Ah, Lula, é a vida. As coisas mudam. Hoje a gente tá triste, amanhã tá feliz e o tempo vai passando e a gente vai vivendo, crescendo. Mas o bom é que nada é pra sempre. Principalmente as coisas ruins. Lembra daquele 26/11/2005? Saísse daqui gritando, chorando, dizendo que nunca mais voltaria. Pouco tempo depois, lá vem você, ainda triste, mas com aquela esperança que você nunca deixou de ter. Na hora de ir embora, naquele dia, você me disse "Tchau, nunca mais volto", lembra? Eu te respondi com um "até breve", porque sabia que você voltaria. Afinal, é assim, a gente sempre volta pra perto do que nos faz bem.

Pensei um pouco, a lágrima começou a descer, enxuguei antes que alguém percebesse.

- É, Seu Eládio, eu voltei, né? Eu sempre volto mesmo. Aqui eu fico feliz.

E Seu Eládio parecia olhar pra mim meio agoniado, notando que tinha algo estranho comigo, e me perguntou:

- Que você tem, meu amigo Lula? Já te vi chorando aqui algumas vezes, mas era um choro diferente. De alegria ou de muita raiva. Dessa vez não. Você tá calado...

- GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

- ... bom, nem tão calado assim. Mas o que houve? Tá doente?

Respondi rápido:

- Saudade, Seu Eládio, saudade. Meus encontros com o Senhor estavam costumando ser mais cheios, sabe? Tem algo faltando, e acho que o Senhor sabe o que é. Ou quem é, né?

- GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

Passado o grito de gol, ele me respondeu com uma franqueza absurda:

- Meu amigo Lula, lembra quando você era bem pequeno e sentava naquele canto ali das cadeiras? Bem na frente de Lia, lembra? Pois é, o tempo passou, ali você conheceu uma pessoa muito importante na sua vida, e nada disso você ficou esperando acontecer. Simplesmente aconteceu. Espere, meu jovem amigo, as coisas vão acontecer de novo pra você, do jeito que tiverem que acontecer. Resta ter paciência.

Quase meia noite, com uma estranha sensação de vazio, vontade de chorar, vou embora, me despeço de Seu Eládio:

- Seu Eládio, bom encontrar o Senhor de novo. A gente se vê. Eu volto, o Senhor sabe.

Ele simplesmente sorriu, porque sabe que no fim das contas, como ele mesmo disse, a gente sempre vai pra perto do que nos faz bem.




Pra os desavisados, "Seu Eládio" é, na verdade, Eládio de Barros Carvalho, nome dado ao lugar que viu várias fases da minha vida, as melhores e as piores, e provavelmente vai ser assim até o dia que eu morrer. Porque, feliz ou triste, eu sempre volto pra lá, pra minha segunda casa, que eu nunca vou abandonar. Obviamente ele não conversou comigo, mas foi mais ou menos isso que senti na volta ao estádio.

Queria não sonhar!

Só isso. Queria não sonhar mais. Nem acordado, muito menos dormindo. Sonhar é bom, mas quando você acorda... choque da realidade. Na hora que acorda, tudo não passa de uma ilusão.
Viver de ilusão é ruim.
As mãos correram pro celular, mas não ligaram. Não posso.

terça-feira, 17 de março de 2009

O e-mail

Engraçado, depois de tanto tempo, recebi esse e-mail. Foi bom, recuperou minha confiança em mim mesmo. Foi algo do tipo: "Aí, Lula, tu é bom, rapaz!", coisa que eu começava a duvidar. Depois de muito tempo voltei a sentir orgulho de mim. Mesmo que as coisas não caminhem, é bom ter o ego massageado um pouco, ainda mais depois de tanta bronca.
Respondi o e-mail. Joguei aberto e espero que as coisas deem certo.
Vida nova, novas oportunidades, novos planos.

"A fera está ferida mas não está morta..."

E tome pancada, Lula, e tome pancada. Haja força pra me manter em pé. Agora descobri que sou alérgico. A que? Sei lá, só sei que deixa a garganta coçando, o corpo cheio de bolhas e coçando também.
Mas eis que, na mesma noite em que tomo o remédio pra melhorar isso, eis o e-mail, o e-mail que me encheu de esperança de que, como diz o resto da música do título da postagem: "... Deus fecha a janela mas deixa aberta a porta."
E vamo que vamo!

domingo, 15 de março de 2009

Derrotas existem, mas não são eternas!

Hoje eu cansei. Cansei de tudo, de lutar contra o que não pode ser derrotado, de me entregar ao que pode ser destruído com facilidade, desde que eu queira. Cansei de sentir dor, cansei da batalha absurda pra reconstruir algo que não depende só de mim. Nessas horas é importante abaixar a cabeça e assumir: EU PERDI! Mas perder agora não significa perder pra sempre, porque, na minha opinião, o primeiro passo pra conseguir vitórias futuras é admitir a derrota de hoje. E hoje eu admito, com muitas lágrimas rolando pelo meu rosto, coisa que acontece há dois dias: EU PERDI!
Outras batalhas virão, sofrerei novas derrotas, ganharei algumas vezes, mas o mais importante é que de todas elas eu vou buscar aprendizado, pra não sofrer derrotas iguais, pra não sentir mais dor que o necessário.
Não vou mais me dar ao direito de ir além do meu limite. Preciso respeitar minhas forças, saber quando elas se acabam. Tem horas que a gente tem que se recolher pra poder retomar as energias e atacar com mais poder. Isso eu aprendi, e é isso que eu vou fazer daqui pra frente. Saber a hora de parar. Dessa vez eu parei, pra que um dia, talvez, eu possa começar de novo. Aliás, talvez não. Eu vou começar de novo. Quando? Não sei! No dia que as feridas pararam de sangrar e as dores sejam parte do passado. Até lá, é tempo de energizar.

É mais ou menos assim:

"Sem neurose, cada um sabe o dom,
o tom e o tamanho da dose
Não tenho explicações a fazer
Quem sabe de mim sou eu
Quem sabe de você é você
Quem for de ficar vai ficar
Quem for de correr vai correr"

segunda-feira, 9 de março de 2009

Estou de volta!

Depois de um longo e tenebroso inverno.
Aliás, nada disso. Porque o tempo não foi nada longo, não foi tenebroso. Foi doído, mas tenebroso coisa nenhuma. E nem era inverno, porque quase não choveu.
Então, é isso.
Vamo que vamo!
Mantendo a humildade, vivendo o dia a dia, como diria Chorão.

Frase do dia?
"O poço da loucura é muito fundo, no jardim da insanidade cabe eu, você e todo o mundo"

Abraço!